A médica Juliana Brasil Santos foi afastada das atividades no Hospital Pediátrico Rio Solimões, da Hapvida, na zona Sul de Manaus, após a repercussão do caso de Benício Xavier de Freitas, de seis anos, que morreu após receber uma dosagem incorreta de adrenalina.
Segundo a assessoria da unidade Rio Solimões, o afastamento foi determinado enquanto seguem as investigações sobre a prescrição de adrenalina feita pela médica. A administração do medicamento, realizada pela técnica de enfermagem Rayssa Marinho, teria ocorrido de forma incorreta, com a substância sendo aplicada diretamente na veia.
Embora o caso tenha ocorrido no Hospital Santa Júlia, no Centro, a Hapvida informou que está colaborando com as autoridades, acompanha o andamento das apurações e reafirma seu compromisso com o respeito aos pacientes.
Manifestação por justiça
Familiares e amigos de Benício Xavier realizaram, nesta segunda-feira, 1º/12, uma manifestação em frente ao Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM), em Manaus.
O grupo pediu justiça e responsabilização pelos erros que levaram à morte do menino após a aplicação incorreta de adrenalina no Hospital Santa Júlia. A médica Juliana Brasil, investigada pela morte da criança, já recebeu habeas corpus concedido pela Justiça do Amazonas.
O protesto reuniu parentes, colegas e amigos dos pais de Benício, que clamaram por respostas e medidas concretas sobre o caso. Cartazes, faixas e balões foram erguidos em homenagem ao garoto.
A mãe, durante o ato, criticou a postura da médica e mencionou os prints que circulam nas redes sociais, nos quais Juliana Brasil conversa com outro profissional e relata um possível erro médico.
“Enquanto meu filho estava lá, lutando pela vida, ela estava no celular. Isso machuca muito. Dói saber que ele poderia ter sido salvo”, desabafou ela.



