O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, chega ao Brasil na tarde desta terça-feira (1º), após uma longa e dolorosa espera por parte da família. A jovem morreu após sofrer um acidente durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. O voo que transporta seu corpo tem pouso previsto para as 17h15 no Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, segundo informações da companhia aérea Emirates.
Após o desembarque, o corpo será encaminhado ao Rio de Janeiro, onde passará por uma nova autópsia. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que o procedimento deve ocorrer em até seis horas após a chegada, com o objetivo de preservar eventuais evidências que possam ser úteis para esclarecimentos adicionais sobre as circunstâncias da morte.
Juliana sofreu o acidente na madrugada de sábado, 21 de junho, quando caiu da borda da cratera do vulcão Rinjani, um dos pontos turísticos mais procurados por aventureiros na Indonésia. O resgate foi complexo e envolveu o uso de drones térmicos. Na segunda-feira (23), imagens mostraram que Juliana ainda apresentava sinais de vida ou havia permanecido viva até poucas horas antes da detecção. No entanto, o socorro só conseguiu chegar até ela na terça-feira (24), quando sua morte foi confirmada. O corpo só foi retirado do local no dia seguinte, quarta-feira (25).
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De acordo com o laudo da autópsia feita na Indonésia, Juliana sofreu hemorragia causada por trauma contundente. Os médicos legistas estimaram que ela sobreviveu por aproximadamente 20 minutos após o início da hemorragia.
A chegada do corpo ao Brasil sofreu alterações de última hora. Inicialmente, a Emirates havia anunciado que o voo chegaria ao Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, na quarta-feira (2). No entanto, após críticas da família pela demora e falta de informações claras, a companhia aérea refez o plano de voo, antecipando a chegada para São Paulo nesta terça. Em nota, a Emirates afirmou: “A Emirates informa que, em coordenação com a família, novos preparativos foram feitos para o transporte do corpo de Juliana Marins […]. A Emirates estende suas mais profundas condolências à família neste momento difícil.”
A Defensoria Pública da União (DPU), que acompanha o caso, solicitou a nova autópsia, reforçando o pedido da família, que ainda busca respostas completas sobre o que ocorreu nos momentos finais da jovem brasileira.
Juliana Marins era natural do Rio de Janeiro e estava em viagem pela Ásia, realizando o sonho de explorar trilhas e paisagens naturais. Sua morte gerou grande comoção nas redes sociais e entre amigos e familiares.