A defesa da médica Juliana Brasil, envolvida na morte do menino Benício Xavier, de 6 anos, apresentou um vídeo que, segundo os advogados, comprova falhas no sistema de prescrição do Hospital Santa Júlia.
Eles sustentam que a prescrição de adrenalina intravenosa registrada no prontuário foi resultado de uma alteração automática feita pela plataforma, e não de um erro manual da médica.
De acordo com a defesa, Juliana prescreveu originalmente adrenalina por via inalatória, mas o sistema teria modificado essa indicação para via intravenosa devido a instabilidades no dia do atendimento.
O vídeo mostra a navegação na plataforma, evidenciando que o sistema pode alterar vias de administração sem intervenção do profissional. O advogado Felipe Braga ressaltou que essa automação já foi criticada pela Anvisa e pode ter contribuído para o erro.
O menino Benício morreu após receber a dose incorreta de adrenalina em 23 de novembro. A médica admitiu o erro em depoimento à polícia. A técnica de enfermagem aplicou a medicação por via intravenosa, mesmo com a mãe alertando sobre a forma correta.
O caso está sob investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do Amazonas. O delegado responsável confirmou que a falha no sistema está sendo analisada, mas detalhes permanecem sigilosos.



