O Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) deflagrou, na terça-feira (29), a segunda fase da Operação Renorcrim. A operação está sendo considerada como uma das maiores de repressão à lavagem de dinheiro pelo crime organizado feita pela polícia do Amazonas.
A ação foi coordenada pelo diretor do DRCO, Mário Paulo, com o apoio da Polícia Militar do Amazonas, e resultou num prejuízo estimado ao crime organizado de R$ 54 milhões. Também foram cumpridos diversos mandados de prisão e de busca e apreensão, além do sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias.
O grupo criminoso investigado, de acordo com o delegado Mário Paulo, tem envolvimento com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Entre os presos na operação está o traficante de drogas Yuri Diego Farias Lima e sua esposa, Viviane Lima, que são os líderes do esquema criminoso. Yuri havia sido preso pela Polícia Militar em 2019 pelo mesmo crime, tráfico de drogas.
O casal foi preso em uma casa de luxo no município de Vargem Grande, em São Paulo. No local, foram apreendidos sete veículos, entre eles um Mercedes e um BMW. A polícia procura um homem identificado apenas como Bismarck, que está foragido.
Além destes, foram cumpridos mandados de prisões temporárias. Entre os presos está o soldado da Polícia Militar Rege Júnior Hipper da Silva. De acordo com Mário Paulo, o militar, antes de entrar para a corporação, transacionou muito dinheiro com Yuri em uma empresa fantasma de Tabatinga.
Apreensões
Durante a operação, foram apreendidas armas de fogo, munições e dezenas de veículos, alguns de luxo. Além do Amazonas, a ofensiva foi executada nos estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo.
De acordo com Mário Paulo, as investigações começaram em setembro do ano passado, quando o DRCO apreendeu um caminhão no porto da Ceasa, com mais de duas toneladas de droga. O motorista foi preso em flagrante.
Conforme o delegado, a operação Renorcrim é uma iniciativa da Rede Nacional de Unidades Especializadas no Enfrentamento às Organizações Criminosas, coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).